Aula de Geografia - Geopolítica: BRICS e G7
Para entender o BRICS e o G7 precisamos compreender a ordem mundial surgida após da 2ª Guerra Mundial e às Área de Influencias das potencias colonialistas na regionalização econômica Norte/Sul o G7 criou e que não leva em conta os conceitos de norte e sul que conhecemos:
Nessa visão de mundo, países do Hemisfério Sul, como Austrália e Nova Zelândia fazem parte do Norte Econômico Global e países do Hemisfério Norte como México, Turquia e China fazem parte do Sul Econômico Global. De acordo com essa visão os países do Norte são ricos, industrializados desenvolvidos e os países do Sul são pobres, agrários e subdesenvolvidos e apenas fornecedores de matérias primas para as industrias do Norte Global.
O mundo ainda nesse contexto se dividia em Áreas de Influencia das potencias do chamado G7:
A America Latina sob influencia dos Estado Unidos; a Africa sob influencia da Europa e parte da Asia e Oceania sob influência Japonesa.
Os Países do G7
O grupo foi criado em 1975 por iniciativa do então presidente francês Valpery G. d'Estaing que convidou Alemanha, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e Japão durante uma reunião em Rambouillet (Arredores de Paris). Foi inicialmente G6 e a intenção era reunir esses países para tratar de questões mundiais, como petróleo, guerra fria, e defesa mutua em um ambiente com menos formalidade e sem a participação da diplomacia. Com o sucesso da reunião, ficou acertado que aconteceriam anualmente e já em 1976 o Canadá passou fazer parte, ficando conhecido a partir daí por G7.
A Russia entrou como observadora em 1991 e como membro pleno em 1997, passando grupo a se chamar G8. Em 2014,por conta da Anexação da Crimeia, que era território da Ucrânia a Russia foi excluída, voltando a ser G7.
Todos esses países pertencentes ao G7 tem em comum um passado de enriquecimento explorando colonias nas Américas, Africa e Asia. Essa conjuntura permitiu grande desenvolvimento econômico, social e tecnológico fortalecido pelo Neocolonialismo do Seculo XX.
Os Países do BRICS:
No inicio do Século XXI, Roopa Purushothaman e Dominic Wilson trabalharam no relatório "Dreamin With BRIC's: The Path to 2050", que começou a ser escrito em 2000 e foi publicado em 2003. Neste intervalo, em 2001, o então presidente da Goldman Sachs, Jim O'Neill publicou o relatório "Building Better Global Economy BRIC's" e ganhou os créditos pela criação do nome que se refere a países do Sul Global, considerados em desenvolvimento ou subdesenvolvidos e com passado colonial, tendo sido explorados por países do G7 durante seculos começam a se destacar economicamente. Os países em questão são BRASIL, RUSSIA ÍNDIA e CHINA e posteriormente AFRICA DO SUL.
O grupo não é um bloco econômico ou comercial, como a União Europeia ou o MERCOSUL. Os quatro países fundadores procuraram formar uma aliança para assuntos estratégicos ligados ao desenvolvimento de todos e de outros países do sul Global e assim aumentar sua força na politica internacional. O BRICS surgiu como uma alternativa geopolítica em relação ao G7, buscando criar alternativas ao FMI e criando, Novo Banco de Desenvolvimento. As relações bilaterais entre os países dos BRICS têm sido conduzidas principalmente com base nos princípios de não-interferência, igualdade e benefício mútuo. Sua primeira reunião foi em 2006 durante a Assembleia Geral das nações Unidas em Nova York. Em 2009 na Russia acontece a primeira cúpula oficial:
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No inicio de 2024 a Argentina através de seu novo presidente resolveu não aderiri ao BRICS+ e intensificaras relações com o G7. Resultado disso perdeu mais de R$ 30 bilhões em investimentos só da China. Os países fundadores do BRICS controlam um banco de investimentos que tem investido no desenvolvimento dos países do sul global:
E os investimentos e lucros são divididos igualmente entre Brasil, Rússia, Índia, China e africa do sul:
E assim segue a geopolítica do inicio do seculo XXI com um mundo multipolar, com guerras comerciais e interesses conflitantes entre os diversos blocos e sobretudo entre o G7 e BRICS.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS PARA O ENSINO MÉDIO: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente com relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.
(EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais da emergência de matrizes conceituais hegemônicas (etnocentrismo, evolução, modernidade etc.), comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
Demais Referencias nas imagens. Texto produzido pelo professor.
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