1º ANO - EVOLUÇÃO HUMANA E PRE-HISTÓRIA
Foram os historiadores do século XIX que dividiram a caminhada da humanidade em dois períodos: PRÉ-HISTÓRIA e HISTÓRIA
Segundo eles, a pré-história começaria com o surgimento do
gênero HOMO e acabaria com a invenção da escrita, ocorrida por volta de 4000
a.C.
Já a história se estenderia do aparecimento da escrita aos dias
atuais.
Essa periodização considera sociedades sem escrita (ágrafas) como sociedade sem história e os criadores, dessa periodização, consideram as fontes escritas muito mais importantes que outras. Importante lembrar que as “fontes não escritas” são tão importantes quanto às escritas. As conquistas humanas anteriores à escrita (domínio do fogo, invenção da roda) são tão relevantes quanto as posteriores. Os povos que não desenvolveram a escrita também possuíram uma história movimentada, que precisa e pode ser mais bem conhecida.
A EVOLUÇÃO HUMANA
Todos
os seres humanos, independente de sua origem ou aparência física, fazem parte
de uma mesma espécie que, para a ciência atual, surgiu na África há cerca de 70
mil anos e foi fruto de uma longa evolução.
Os vestígios fósseis são a principal fonte para saber como
viviam nossos ancestrais, e os historiadores contam com a colaboração de outras
ciências como PALEONTOLGIA e ARQUEOLOGIA.
HOMINÍDEOS Os antepassados dos seres humanos são chamados
de hominídeos, e o mais antigo, o ardipithecus, viveu na África entre 4,5 e 5,5
milhões de anos.
Mais tarde, por volta de 3,5 e 4 apareceram outras espécies de
hominídeos pertencentes ao gênero australopitecos.
O SER HUMANO VEIO DO MACACO?
De modo geral, dizemos que há um tronco
comum do qual se originaram os grandes macacos (pongidae) e os humanos
(hominidae). Em algum momento da evolução, os dois grupos se separam; e cada um
apresentou sua evolução própria.
Os pongidae deram origem aos “grandes macacos” gorila, chimpanzé e orangotango; os hominidae a forma atual do homo sapiens.
AUSTRALOPITECUS
O australopiteco não pertence ao
gênero homo.
Viviam na África por volta de
3,5 e 4 milhões de anos atrás.
Ele andava sobre dois pés e
tinha o corpo coberto de pelos e o cérebro muito pequeno.
Supõe-se que comiam
essencialmente vegetais e gramíneas, raízes e sementes.
Entretanto algumas espécies
também se alimentavam de lagartos, ovos e pequenos mamíferos.
HOMO HABILIS
Viveu há aproximadamente 2
milhões de anos na África e foi o primeiro representante do gênero homo.
Tinha o volume cerebral em torno
de 700 cm³.
Foi o primeiro a produzir
ferramentas a partir de pedras e madeira.
Já caçava pequenos animais,
consolidando a carne como parte fundamental da sua dieta.
Daí o seu nome “homem
habilidoso”
HOMO ERECTUS
O australopiteco não pertence ao
gênero homo.
Viviam na África por volta de
3,5 e 4 milhões de anos atrás.
Supõe-se que comiam essencialmente
vegetais e gramíneas, raízes e sementes.
Entretanto algumas espécies
também se alimentavam de lagartos, ovos e pequenos mamíferos.
Principais
Subespécies
Homo erectus erectus:
Conhecido como “Homem de Java”.
Homo erectus
pekinensis: Conhecido como
“Homem de Pequim”
Homo erectus
lantianenis: Conhecido como
“Homem de Lantian”
HOMO SAPIENS NEANDERTHALENSIS
Viveu entre 200 mil e 35 mil
anos atrás, coexistindo com o homo sapiens.
Muitos de seus restos foram
encontrados em cavernas daí a expressão “homem das cavernas”.
Surgiu numa região de frio na
era glacial habitando várias regiões do mundo.
Praticava a caça e a coleta em
grupos de 20 a 30 pessoas
Apresentava certas
características dos seres humanos atuais, como um cérebro grande com cerca de
1400 cm³ de volume.
Desenvolveu uma série de instrumentos de pedra, como facas, raspadores e pontas de lança, cuja a construção exigia um perfeito controle das mãos. Foi, provavelmente, o primeiro a ter o hábito de enterrar os mortos, sabia comunicar-se vocalmente e que cuidava dos seus feridos.
HOMO SAPIENS SAPIENS
É a espécie da qual fazemos
parte. Teriam surgido por volta de 100 mil anos atrás na África e depois se
espalhado por todos os continentes.
Volume cerebral em torno de 1350
a 1400 cm³. Os fósseis mais antigos têm cerca de 40 mil anos.
“Desenvolveu a consciência reflexiva da linguagem falada e escrita, da técnica, da capacidade de expressão artística e do senso de moralidade”.
PALEOLÍTICO
2
MILHÕES/10 MIL a.C É a época em que os seres humanos viviam em pequenos grupos
de caçadores, pescadores, coletores e nômades.
Não existia família, como conhecemos hoje, mas sim relações
tribais poligâmicas com grande destaque para o papel da mulher, caracterizando
assim uma sociedade matriarcal, pois a sobrevivência do grupo dependia
também do seu crescimento daí a importância da fertilidade feminina.
Cultuavam os mortos, e
suas mais importantes manifestações artísticas e culturais são as pinturas
rupestres nas paredes das cavernas.
O clima, naquele período, não permitiu o desenvolvimento
significativo de grande quantidade de plantas e de animais obrigando os grupos
a migrarem constantemente em busca de novas áreas de caça e coleta, tornando,
obrigatoriamente, ao nomadismo.
A descoberta do fogo foi uma das mais importantes
descobertas do período paleolítico, pois proporcionou a possibilidade de cozinhar
o alimento, aquecer-se no frio, e ainda utilizar o fogo para se defender de
animais e mesmo de outros grupos.
Não existia propriedade privada, e gêneros obtidos por meio do trabalho eram compartilhadas entre os membros do grupo. Para garantir à sobrevivência as sociedades paleolíticas estabeleceram formas de cooperação e divisão do trabalho. Acredita-se que ocorreu, inclusive, a divisão do trabalho de acordo com o sexo. Os homens caçavam e as mulheres faziam a maior parte da coleta de alimentos vegetais.
O PAPEL DA MULHER - A caça era uma atividade masculina, e foi por muito tempo o principal meio de subsistência da comunidade.
Essa prática masculina era ocasional, e a coleta de frutos e raízes, prática feminina, era de uma forma bem mais regular. Na comunidade primitiva, vivia-se em coletividade, sendo as moradias coletivas. (...) Todas as mulheres da aldeia trabalhavam juntas, conversando e comparando seu trabalho; chegando a ajudar-se mutuamenteA contribuição da mulher também é atribuída à sua condição de criadora, fixadora e transmissora de hábitos culturais, e da experiência coletiva acumulada pelo grupo.
Numa certa forma,
pode-se afirmar que a Revolução Neolítica foi obra das mulheres, como também a
domesticação dos animais, a fabricação da cerâmica, a fiação e a tecelagem,
etc.
NEOLÍTICO
10 MIL a.C/ 5 MIL a.C Período conhecido
como idade da pedra polida. Neste período foi criado o estado e
se inventou a escrita, e marca principalmente a passagem de uma economia
coletora para uma economia produtora.
A revolução Neolítica ilustra a descoberta e domínio
da agricultura e domesticação de animais.
A descoberta da agricultura ocorreu primeiramente na Ásia, dando
origem as sociedades hidráulicas (por se desenvolverem nas margens dos grandes
rios).
Mesmo assim essa revolução aconteceu em locais e momentos
diferentes, conforme a evolução social e econômica dos grupos do período.
IMPORTANTE: A espécie do Neolítico foi, exclusivamente, o HOMO SAPIENS SAPIENS MODERNO.
REVOLUÇÃO NEOLÍTICA E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Deu início ao domínio
do ser humano sobre a natureza.
Dessa forma o homem passou do nomadismo para a sedentarização.
Os animais passaram a ser utilizados para o transporte,
facilitando o trabalho e o deslocamento do homem. As primeiras espécies
a serem domesticadas foram o trigo, cevada, ervilha, e os animais foram
as cabras e os porcos.
O domínio sobre a natureza permitiu um maior controle sobre o
meio ambiente, levando a formação das primeiras aldeias sedentárias.
O homem passa a ser o centro da organização social, essa
passagem para o patriarcalismo está diretamente ligada ao aumento das
guerras entre as tribos, e principalmente à formação da família monogâmica.
No início existia a propriedade coletiva das terras, uma espécie
de comunismo primitivo, e a divisão do trabalho respeitava o sexo e a
idade. Era uma sociedade igualitária, não existiam escravidão nem
propriedade privada.
No entanto com o crescimento da população e consequentemente da
agricultura, pastoreio, tecelagem e da cerâmica vai proporcionar a especialização
e a divisão do trabalho, surgindo assim às classes sociais, a
propriedade privada e a religião.
Do ponto de vista tecnológico, o final do período Neolítico
confunde-se com o início da Idade dos Metais, quando os seres humanos
aprenderam as
IDADE DOS METAIS 5
MIL a.C/ 4 MIL a.C
Marcado pelo início da metalurgia, com a fabricação de instrumentos de cobre e depois de bronze e finalmente o ferro. As comunidades agrícolas primitivas crescem e dão lugar a cidades com uma economia em franco desenvolvimento baseado na agricultura, artesanato e comércio, foi a chamada revolução urbana.
As sociedades urbanas caracterizavam-se pela propriedade
privada, divisão especializada do trabalho e o comércio.
Foi inventado o carro a roda, e o barco a vela
proporcionando uma melhoria nos transportes.
Com a evolução, determinado grupo de pessoas se apossaram de
terras e rebanhos dando origem a uma aristocracia, surge também o grupo
dos sacerdotes se dedicando a parte intelectual e espiritual, e a maior
parte dessas populações continuaram a trabalhar no campo, e alguns na produção
artesanal.
Com o aumento da população e da produção o comércio se
desenvolve em curta e longa distância e por necessidade de melhor
desenvolver-se surge à escrita, para facilitar e organizar as transações
comerciais.
Essas transformações fazem parte da revolução urbana
e marcam a passagem para a civilização, pois surgem as primeiras
formas de estado/governo responsável pela organização dessa sociedade.
As primeiras cidades foram, Ur, Uruk, Lagash, Kish e Nipur, na
região do atual Oriente próximo, principalmente na Mesopotâmia.
PARA LEMBRAR:
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